terça-feira, 30 de abril de 2013

Entrevista - Samanta Holtz


Hoje vim compartilhar um pouco do carinho da escritora Samanta Holtz, com a entrevista que ela deu para o blog!

Samanta é a escritora do livro O Pássaro (resenha aqui). E está com seu próximo livro, Quero ser Beth Levitt" prestes a ser publicado (e eu já estou ansiosíssima pra ler). 

HC. Quando você decidiu que queria ser escritora?
S. Não houve um momento em que essa decisão foi firmada. Desde muito pequena, tinha uma grande inclinação para os livros (para ajudar, nasci justamente no “Dia Mundial do Livro”!). Comecei aos 7 anos, criando personagens e histórias em quadrinhos, já sonhando em, um dia, trabalhar com o Maurício de Souza! Então, à medida que fiquei mais velha, passei para as poesias, contos, reflexões... até, na adolescência, começar a escrever romances. Ser escritora era um grande sonho, mas eu achava muito distante... até que as pessoas que liam meu trabalho se surpreenderam com a história e com a narrativa, e me incentivaram a procurar saber como era. Só então fui atrás para saber sobre registro na Biblioteca Nacional, envio de originais às editoras e tudo mais. Demorou alguns anos e alguns livros (a publicação veio em meu terceiro romance escrito), mas eu consegui!

HC. Tem algum(a) escritor(a) que tenha inspirado seu trabalho?
S. Admiro muitos autores de gêneros distintos, e cada um acaba me ensinando alguma coisa, mesmo sem querer. Não houve um em especial que tenha me influenciado... o que me motivava era ler a trajetória deles, pois a grande maioria enfrentou um grande período de recusas antes de conseguir finalmente publicar – e, hoje, são sucesso. Isso é um grande incentivo para nós, especialmente quando ainda estamos na fase dos “nãos”!

HC. O que lhe levou a escrever "O Pássaro"?
S. O começo de tudo foi minha paixão pela Idade Média, nas aulas de História do colegial. Caroline, a personagem principal, foi nascendo em minha imaginação aos pouquinhos... eu imaginava como seria a vida de uma garota, naquela época, que fosse contra as regras da sociedade, tivesse sonhos ousados, vivesse um amor proibido... tudo isso foi se fundindo e formando a trama do livro!

HC. O que mais gostei no seu livro é que os personagens são bem detalhados, até os mais secundários, permitindo um envolvimento ainda maior com a história. Você já criou o perfil dos personagens antes de escrever a história, ou foi os desenvolvendo no decorrer dela?
S. Obrigada! J Sim, eu já tinha o perfil deles traçados, tanto físico quanto comportamental. Eu até mesmo sabia o que eu queria que o leitor pensasse, pois, como você deve ter notado, alguns acabam nos surpreendendo, no final! Mas eu ainda acho que personagens têm vida própria; há vezes em que, no decorrer da história, mesmo tendo traçado o caminho que queremos seguir, eles se desenvolvem de uma forma que nem imaginávamos. Como se, em alguns momentos, fossem eles quem conduzissem a história, e não nós! Acho isso mágico!

HC. Sobre seu livro que está prestes a ser lançado, "Quero ser Beth Levitt", poderia nos contar mais sobre o livro?
S. Claro! O livro conta a história de Amelie Wood, uma garota que perdeu os pais aos doze anos e, desde então, vive em um abrigo de meninas. Tudo começa em seu décimo oitavo aniversário, quando ela deixa o lugar onde viveu toda a adolescência para enfrentar o mundo em busca dos seus sonhos. Seu bem mais precioso é o velho exemplar do romance que a mãe lia para ela, na infância: "Doce Acaso". O livro contava a história de Beth Levitt, uma jovem que, como ela, amava o balé e via sua vida mudar ao conhecer o príncipe Edward. Ao soprar as velas, Amie não tem dúvida quanto ao pedido: "Quero ser Beth Levitt!". E, como diz o ditado: “Cuidado com seus sonhos, eles podem se realizar”! Através de grandes coincidências e surpresas do destino, Amelie vê sua vida mudar completamente, envolve-se com o mundo das celebridades e se vê cara a cara com o ator por quem fora apaixonada por toda a adolescência... além, claro, de muita gente invejosa! É nessa linha que a história se desenvolve!

HC. Você considera o Brasil como um país que incentiva novos escritores?
S. Infelizmente, não vejo muito incentivo a escritores. Claro que existem casos e casos, mas o que vemos, na grande maioria, é o quanto é difícil viver financeiramente de livros, no Brasil – e, com isso, excelentes autores que poderiam dedicar o tempo exclusivamente para criar obras maravilhosas acabam não podendo. Tudo desestimula o mercado literário; os altos preços, a valorização dos estrangeiros... e mais essa questão. Em nossos bate-papos literários, soube que há países cujo governo literalmente banca escritores. Já pensou que lindo seria termos isso por aqui? Seria bom para todos! Para quem cria, que poderia se dedicar a isso; para quem lê, que teria novas obras muito mais rapidamente; e para o país, que alavancaria sua cultura.

HC. Já tem algum futuro livro em mente?
S. Sim! Estou escrevendo um novo romance e já tenho esboços para os próximos.

HC. Qual o estilo de livro que você mais gosta?
S. Romances e chick lit. Gosto de ler para me distrair, me emocionar, sair um pouquinho da realidade... Mas também adoro um bom suspense ou policial, de vez em quando! Gosto de alternar.

HC. Vi que você já escreveu dois outros romances (“Renascer de um Outono” e “Corpo & Alma”), de que se tratam estes romances, e eles serão publicados?
S. Pretendo enviá-los à editora para publicação, mas apenas depois de passarem por uma nova revisão minha. Foram meus dois primeiros romances escritos e, embora as histórias sejam boas, minha escrita ainda era bastante imatura comparada a agora. Então, quero relê-los com calma, dar uma bela “lapidada” no texto e, quando eu sentir que estão prontos, enviarei à editora, com certeza!
Renascer de um Outono é um romance contemporâneo e Corpo & Alma também é um romance, porém narra, simultaneamente, a trajetória dos anjos, almas e humanos envolvidos em uma situação. Não chega a ser fantasia, eu acredito, mas é bastante diferente do que já publiquei, até hoje!

HC. Alguma dica em especial para aqueles que pretendem se tornar escritores?
S. Se você gosta muito de escrever e está pensando em seguir a carreira literária, antes de enviar seus originais para editoras, ouça as opiniões de pessoas sinceras e críticas, que irão lhe dizer o que realmente pensaram, pois elas serão uma amostra dos seus leitores. Ouça críticas, melhore o que perceber que pode melhorar e não tenha medo de trabalhar duro. Revise seu texto uma, duas, três, quatro vezes, se for preciso, e só se satisfaça com o melhor. Quando sentir que está perfeito (e, claro, depois de registrar seu original), aí, sim, busque as editoras que têm seu estilo e envie seu material para análise. Pode ser que o SIM demore a vir... eu mesma tomei vários “nãos”. Hoje, vendo “O Pássaro” como meu primeiro livro publicado, dou graças a Deus pelos nãos que recebi antes, pois meus livros anteriores realmente ainda não estavam perfeitos. Tenha fé em Deus, acredite que há um momento para tudo e cabe a nós agarrarmos as oportunidades que a vida traz, além de nos empenharmos em lapidar o Dom que Deus nos deu e trabalharmos nossa paciência para jamais desistir. Se é isso mesmo que você quer, NÃO DESISTA!

2 comentários:

  1. Querida Carol

    Obrigada por reservar este cantinho do blog a uma entrevista minha!!! ^^

    Um beijo e muito sucesso :)

    Samanta

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